Lira está em queda de braço com Pacheco, o motivo: Renan Calheiros
O presidente da Câmara, Arthur Lira, criticou a “truculência” do Senado em relação à instalação de comissões mistas para analisar as medidas provisórias do governo federal. Em uma fala de 30 minutos, Lira lamentou que a política regional de Alagoas e do Amapá esteja interferindo no país e declarou que o Senado não pode ser refém desses estados, em referência aos senadores Renan Calheiros e Davi Alcolumbre.
Lira ainda acusou os senadores de terem mudado o texto da proposta que havia sido acordada, o que desagradou os líderes partidários da Câmara. Ele afirmou ter recebido uma “solicitação expressa do governo federal de manutenção do rito atual”, ou seja, sem as comissões mistas.
Para resolver o impasse, Lira pediu para conversar diretamente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sem a interferência de “senadores com mais radicalidade na condução desse tema”. Os dois presidentes conversaram na quarta-feira (22), mas não chegaram a um acordo. No entanto, decidiram que a Câmara poderá votar na próxima semana as medidas provisórias enviadas no governo anterior.
Segundo Lira, as comissões mistas são antidemocráticas, infrutíferas e palco de negociação de matérias que sempre trouxeram dúvidas e névoas para as medidas provisórias. Ele defende que as MPs comecem a tramitar diretamente no plenário da Câmara, mas a Constituição determina que sejam analisadas por uma comissão mista própria, com deputados e senadores.