Lewandowski suspende mais quatro processos, com provas, da Odebrecht na Lava Jato
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou nesta segunda-feira (20) a suspensão de quatro processos que contêm material apresentado pela Odebrecht em seu acordo de leniência.
A decisão beneficiou Marcos Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro, acusados de operar o caixa dois de campanhas do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ao governo de São Paulo, o publicitário Paulo Luciano Tenutto Rossi, conhecido como Palu, irmão do presidente do MDB, Baleia Rossi, e Sandra Ramos Leite.
Lewandowski estendeu aos beneficiários da decisão um entendimento aplicado por ele em favor do ex-presidente Lula, em setembro de 2021, anulando as provas apresentadas contra o petista a partir do acordo de leniência da empreiteira baiana. O material extraído dos sistemas Drousys e MyWebDay, utilizados no gerenciamento do “departamento de propinas” da Odebrecht, foi considerado inútil pelo ministro, que citou a falta de cuidado na preservação dos arquivos da empresa pelos procuradores da Lava Jato.
Antes desta decisão, o ministro já havia beneficiado diversos políticos, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, o prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, o deputado federal Pedro Paulo, entre outros. A decisão de Lewandowski segue gerando expectativas de benefícios para outros nomes, como o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas.