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Ministro da Defesa tem acusação de corrupção, feita por delator Lava Jato, arquivada


José Múcio Monteiro, atual ministro da Defesa e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) do governo Lula, foi acusado pelo ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, de ter pedido R$ 3 milhões à empresa – R$ 1 milhão para si próprio e R$ 2 milhões para a campanha eleitoral do ex-senador Armando Monteiro, em 2014. Segundo o empreiteiro, os pedidos foram feitos quando Múcio ainda era ministro do TCU, e em troca, ele agiria em favor dos interesses da OAS na Corte.

No entanto, a Polícia Federal concluiu que as acusações do delator eram condizentes com a realidade, com algumas divergências, mas opinou pelo encerramento do caso, já que a investigação não conseguiu reunir elementos capazes de demonstrar a materialidade dos supostos crimes. O Ministério Público Federal concordou com a opinião da PF e enviou um expediente à Justiça Federal em Brasília propondo o arquivamento do caso, argumentando que, como os fatos são relativamente antigos, ficou difícil abrir novas linhas de apuração.

Múcio, que deixou o TCU em 2020, tem sob sua tutela a gestão do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Curiosamente, o mesmo Léo Pinheiro foi responsável por uma parte significativa das acusações que levaram o ex-presidente Lula a ser condenado pela Lava Jato, afirmando que a reforma do tríplex do Guarujá, feita pela OAS, foi uma forma de subornar o petista. As sentenças baseadas nas acusações de Léo Pinheiro e de outros delatores foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.




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