Americanas propõe acordo de R$ 10 bilhões para quitar dívidas
A Americanas, um dos maiores grupos varejistas do país, se reuniu com seus credores financeiros na segunda-feira (6) e terça-feira (7) em busca de um entendimento para quitar suas dívidas. A proposta apresentada pela empresa foi de aumento de capital em dinheiro no valor de R$ 10 bilhões. No entanto, as partes não chegaram a um acordo.
A Rothschild & Co, assessoria contratada pela Americanas, apresentou a tentativa de negociação aos credores financeiros. A empresa afirmou que “espera continuar mantendo discussões construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”.
Em fevereiro, os acionistas da Americanas já haviam proposto um aporte de capital em dinheiro de R$ 7 bilhões. A negociação, liderada por Jorge Paulo Lemann, Alberto Sicupira e Marcel Telles, não obteve acordo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O grupo de bilionários planejava aumentar seu capital na companhia com o aporte, que considerava um financiamento de R$ 2 bilhões já captado, e também seria convertido em capital. A proposta incluía ainda a recompra de dívida por parte da companhia na ordem de R$12 bilhões e a conversão de dívidas financeiras por cerca de R$ 18 bilhões de reais, parte em capital e parte em dívida subordinada.
Em janeiro, a 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Americanas, que alegou inconsistências contábeis gerando mais de R$ 40 bilhões em dívidas. O grupo é composto pelas empresas Americanas S.A., B2W Digital Lux e JSM Global, responsáveis por marcas como Lojas Americanas, Americanas.com, Submarino, Shoptime e Hortifruti.