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Polícia Federal abre inquérito sobre joias sauditas supostamente destinadas a Michelle Bolsonaro


A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar as joias sauditas que teriam sido direcionadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e foram apreendidas pela Receita Federal. O caso será conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários de São Paulo.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, solicitou a abertura do inquérito. De acordo com ele, um ex-ministro de Estado e seus assessores teriam transportado as joias ilegalmente. A PF apreendeu os itens, que supostamente seriam entregues a Michelle Bolsonaro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Conforme documentos, houve, nos meses subsequentes, diversas providências visando à liberação das joias, mantidas sob a guarda da Receita Federal”, informou a PF.

Um dos assessores de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia, foi impedido de levar os presentes (um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em cerca de R$ 20 milhões) ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP) em 26 de outubro de 2021. Os objetos foram entregues a Albuquerque, que representou Bolsonaro em um evento, acompanhado de seus assessores.

Segundo Albuquerque, ele não sabia o conteúdo dos presentes até chegar ao aeroporto, onde a caixa ainda estava lacrada. Nem mesmo as autoridades sauditas revelaram o que havia nos pacotes, disse o ex-ministro de Minas e Energia. Por causa da exigência de pagamento de imposto de importação e multa, os itens ficaram retidos na RF.

Um documento divulgado pelo ex-secretário de Comunicação Social Fabio Wajngarten mostra que Albuquerque agradeceu à Arábia Saudita, afirmando que os objetos seriam “incorporados ao acervo oficial brasileiro”. No texto, não há menção às joias.




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