Mundo

Governo brasileiro não assina declaração de 55 países contra ditadura de Daniel Ortega


Na última sexta-feira, mais de 50 países, incluindo potências ocidentais como Estados Unidos, Austrália, Canadá, Alemanha e França, assinaram uma declaração conjunta denunciando os crimes do governo de Daniel Ortega na Nicarágua. Entretanto, o governo brasileiro optou por não aderir ao texto e se manteve em silêncio durante a reunião no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A decisão do Itamaraty de não comentar a crise no governo de Daniel Ortega chamou a atenção de governos da América Latina e de outras partes do mundo. Embora tenha feito parte da negociação do texto final e sugerido uma nova linguagem para manter espaço para o diálogo, o Brasil optou por não aderir ao texto considerado inadequado.

Peritos da ONU concluíram que o regime de Daniel Ortega cometeu crimes contra a humanidade e que “violações generalizadas dos direitos humanos que equivalem a crimes contra a humanidade estão sendo cometidas contra civis pelo governo da Nicarágua por razões políticas”. O grupo apela para que a comunidade internacional imponha sanções às instituições ou indivíduos envolvidos.

O Brasil ainda não emitiu sua posição oficial sobre a questão, mas há uma expectativa de que o governo se pronuncie na segunda-feira, quando a ONU examina os resultados da primeira investigação independente realizada pela instituição.

Ativistas e famílias de vítimas da Nicarágua pedem que o Brasil se posicione contra a repressão e defenda a democracia. Bianca Jagger, ativista social e política nascida na Nicarágua, fez um apelo ao presidente Lula para que se pronuncie sobre a situação no país. Para os ativistas, está na hora de o Brasil agir.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo