Política

Professora ‘ensina’ que Bolsonaro armou assassinato de Marielle


A unidade de Rio do Sul (SC) do colégio particular COC deu espaço para “ensinar”, durante disciplina de redação, que o presidente Jair Bolsonaro “armou” o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco. A afirmação foi feita durante aula virtual conduzida pela professora Tanay Gonçalves Notargiacomo.

Ao falar sobre violência na política, a professora garantiu que Bolsonaro não foi vítima de crime político no decorrer da campanha eleitoral de 2018. Apesar de o então candidato ter sido esfaqueado por um homem que foi filiado ao Psol, ela definiu o caso como protagonizado por “popular”, um mero “civil” da sociedade.

“Bolsonaro levou uma facada? Levou. Foi uma violência? Foi. Mas não foi praticada por político”, disse a professora do COC de Rio do Sul, cidade do interior de Santa Catarina.

Sobre o caso da vereadora assassinada em março de 2018, a situação foi diferente (ao menos na visão da professora). Indo contra todas as investigações, ela garantiu que Marielle foi vítima de violência política armada pelo homem que é o atual presidente da República.

“O que o Bolsonaro armou, né, para matar Marielle Franco… ele, sendo um político, matando uma outra política… isso, sim, é uma violência política”, “ensinou” a funcionária do colégio catarinense, informa a Oeste.

“Brilhante trabalho”

Em nota divulgada no último domingo, 8, a direção do COC Rio do Sul garantiu que “procedimentos internos cabíveis” foram iniciados após conhecimento da acusação feita pela professora de redação. No entanto, em meio à tentativa de propaganda das aulas virtuais realizadas desde o início da pandemia, o comando da instituição faz questão de classificar o caso como “episódio isolado”, além de definir como “brilhante trabalho” a atuação de Tanay.

No mesmo dia em que saiu em defesa de sua funcionária, a direção do COC Rio do Sul divulgou carta assinada pela professora. No texto, Tanay pede “desculpas aos ofendidos”. Ciente de que acusou o presidente da República de homicídio, ela pontuou que a “frase foi infeliz, ainda mais quando retirada de contexto”.




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