Nesta terça-feira (10), a Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que um painel independente, formado por 13 especialistas, investigará a atuação do próprio órgão durante pandemia. A prioridade será analisar se as primeiras notificações do novo coronavírus na China foram dadas a tempo e se a OMS possui competência, estrutura e financiamento adequados para prevenir e responder a uma pandemia. A autoridade do diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também será avaliada, segundo informações da Agência EFE.
A criação desse painel investigativo foi determinado pela OMS após críticas recebidas pela gestão inicial da pandemia, vindas principalmente dos Estados Unidos. As conclusões deverão ser apresentadas em maio de 2021 e se basearão, entre outros elementos, em uma missão que está sendo preparada na China para estudar a origem do coronavírus e nas respostas de cada país à emergência sanitária. O objetivo final é analisar as deficiências para desenvolver um sistema internacional ideal que esteja preparado para responder de maneira eficaz à uma pandemia.
Até agora, estima-se que a Covid-19 tenha causado a morte de 1,25 milhão de pessoas. A China notificou a OMS de um caso de coronavírus em humanos pela primeira vez em 31 de dezembro de 2019. A patologia foi reportada para o restante do mundo através das redes sociais da agência em 4 de janeiro de 2020, enquanto as primeiras guias de instruções foram enviadas para as redes de saúde nacionais seis dias depois.