Moradores de São Sebastião enfrentam 5º dia sem água potável
Fortes chuvas afetaram o bairro de Boiçucanga em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, deixando os moradores sem água potável. Para atender às necessidades da comunidade, a associação de pescadores local está transportando garrafas de água para a região. Os residentes têm enfrentado dias sem água e, embora um pequeno volume de água tenha retornado, ela ainda está turva e imprópria para o consumo humano devido ao acúmulo de terra. Com a escassez de água, alguns comerciantes têm tirado proveito da situação, cobrando preços exorbitantes pela água potável. A Sabesp, empresa de saneamento básico do estado de São Paulo, está trabalhando em Boiçucanga e outras áreas afetadas pelo temporal para restaurar o fornecimento de água.
Os pescadores da associação local também estão levando mantimentos para comunidades mais afetadas pelas chuvas. O presidente da Associação de Pescadores de Boiçucanga, Ademir de Matos, relata que enviaram cerca de 2,5 mil toneladas de alimentos para várias escolas e forneceram colchões e água para as áreas afetadas pelo desastre. Embora Boiçucanga não tenha sido a área mais afetada, o rio que dá nome à comunidade ficou com um metro de altura, inundando a sede da associação e fazendo com que os barcos dos pescadores fossem resgatados com a ajuda de um trator.
Apesar da reabertura da maior parte dos pontos da Rodovia Rio-Santos que estavam interditados, ainda há marcas da destruição causada pelas enxurradas e deslizamentos na região. A rodovia permanece interditada apenas no quilômetro 174, e em alguns pontos a pista foi parcialmente erodida, havendo asfalto em apenas um dos sentidos. A interrupção do tráfego ocorre de forma esporádica, e ainda não há informações claras sobre as possibilidades de seguir viagem. Ainda há troncos e pedregulhos que obstruem a via em alguns pontos, e uma cachoeira se forma no paredão de pedra na altura do quilômetro 143.