A ex-presidente Dilma Roussef deve assumir a direção do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como “Banco dos BRICS”, o grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com sede em Xangai, China.
Os rendimentos recebíveis para este cargo chegam a um pouco mais de R$ 3,6 milhões anuais, aproximadamente R$ 300 mil por mês. Segundo o último balanço anual divulgado pelo NBD, o total pago em salários e benefícios aos seis postos de chefia do banco, formados pela presidência e cinco vice-presidências, é de US$ 4 milhões por ano (ou mais de R$ 20 milhões).
O relatório contábil não discrimina o valor pago a cada um e informa somente o gasto global. Considerando a quantia total dividida igualmente entre os seis cargos, cada um receberia cerca de US$ 55,5 mil mensalmente, o que representaria algo em torno de R$ 290 mil na cotação atual.
Atualmente a instituição financeira tem uma carteira que soma US$ 32,8 bilhões financiados em 96 projetos pelo mundo. A meta, segundo relatório divulgado pela instituição é investir mais US$ 30 bilhões até 2026.
Para que Dilma possa assumir a direção do banco será necessário que o atual presidente, o economista Marcos Troyjo renuncie. A direção do banco funciona de forma rotativa, a cada cinco anos um presidente é indicado por um dos países que o compõe. A vez do Brasil vai de 2020, ano da nomeação de Troyjo pelo ex-ministro Paulo Guedes, até 2025, quando um presidente indicado pela Índia deverá assumir a instituição. O ministro da Fazenda Fernando Haddad tem se dedicado em convencer Troyjo pela renúncia em favor de Dilma.