A Zoom Vídeo Communications, empresa de softwares de vídeo conferência, anunciou nesta terça-feira 7, que 15% dos seus funcionários serão dispensados, além de uma redução em 20% dos salários-base das lideranças executivas. São 1,3 mil pessoas demitidas na empresa de São José, Califórnia.
A medida quer adaptar a empresa ao crescimento mais lento no mercado pós-pandemia, em que as reuniões e encontros profissionais acontecem presencialmente. “Trabalhamos incansavelmente, mas também cometemos erros”, comunicou a empresa. “Não levamos tanto tempo quanto deveríamos para analisar minuciosamente nossas equipes ou avaliar se estávamos crescendo de forma sustentável, em direção às maiores prioridades.”
As ações da empresa, que caíram 63% no ano passado em meio a uma queda nas ações de tecnologia, fecharam em alta de 9,9% com a notícia, mas caíram marginalmente nas negociações estendidas.
Analistas de investimentos informaram que a receita da Zoom aumentou apenas 6,7% no ano fiscal de 2022, após um salto de mais de quatro vezes na receita e um aumento de nove vezes no aumento do lucro em 2021. Estima-se que o lucro tenha caído 38% em 2022.
A pandemia de Covid-19 fez com que milhões de pessoas trabalhassem em regime de home-office, fazendo com que a empresa crescesse exponencialmente e na realidade pós-pandêmica, a empresa teve que fazer ajustes para sobreviver no mercado e manter-se competitiva.
Durante a pandemia, a Zoom foi acusada de não proteger os dados dos clientes, deixando com que a China espionasse os usuários do aplicativo. À época, veículos de comunicação internacionais interpelaram a companhia sobre a sua relação com o governo chinês, e se isso não atrapalharia as pessoas.