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Olaf Scholz chega ao Brasil para tratar de ações ambientais e comerciais em reunião com governo Lula

Será a primeira visita de uma potência ocidental ao país desde a posse, em 01 de janeiro.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe, nesta segunda-feira, 30, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, em Brasília, para uma reunião bilateral com o objetivo de pautar ações comerciais e ambientais e pode marcar a volta da Alemanha ao Fundo Amazônia.

A comitiva de Scholz traz uma delegação de empresários alemães e ministros de estado, que serão recebidos em outra reunião por Lula. O objetivo dos alemães é estreitar as relações e ampliar o comércio bilateral e os investimentos no país. No momento, mais de mil empresas alemãs atuam no Brasil, incluindo gigantes dos setores automobilístico e químico.

O líder do alemão deve anunciar o envio de mais R$ 170 milhões para o Fundo Amazônia, um mecanismo que capta doações e investimentos internacionais para o combate ao desmatamento e promoção de ações de conservação na maior floresta tropical do mundo. Nos últimos dias, o chanceler esteve na Argentina e Chile, em busca de parcerias estratégicas em energias renováveis, de ecologia e sustentabilidade.

Dois assuntos norteiam a reunião entre Alemanha e Brasil: um potencial aumento do comércio bilateral e a ratificação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. O acordo foi fechado em 2019, depois de mais de 20 anos de negociações. No entanto, para entrar em vigor ele ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os 27 países da União Europeia e os quatro integrantes do Mercosul.

Lula tem repetido que uma das prioridades da política externa de seu governo é destravar o acordo comercial com o bloco europeu. Um dos pontos que atrapalhou essa negociação foi justamente a política ambiental praticada pelo Brasil e criticada pelos europeus por não mostrar resultados no combate ao desmatamento. A França, em especial, colocou empecilhos para que o acordo avançasse.

O presidente das Câmaras Alemãs de Indústria e Comércio, Peter Adrian, também pediu a ratificação do acordo comercial com urgência. Segundo ele, isso seria positivo para os dois blocos.

A ministra alemã da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento, Svenja Schulze, acenou com a doação de R$ 1,1 bilhão do governo de seu país para o Brasil. Ela disse que a iniciativa depende de um “programa imediato para os cem primeiros dias de governo”. A pasta de Schulze também é responsável pelo Fundo Amazônia. A ministra deverá participar de uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

 




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