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Com discurso radical, MST fala pela primeira vez em “ocupar latifúndios”

Numa carta ao povo brasileiro, o Movimento critica o agronegócio e afirma que o segmento não paga impostos


O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) elaborou nos últimos dias um documento com orientações para o grupo em 2023, e já fala em “ocupar latifúndios”. Com o presidente petista Lula no poder, o discurso ficou está com um viés radical.
 
Para a militância do Movimento, a “vitória” Lula foi fruto de grande contribuição do MST, e isso, pode representar a viabilidade das ações dos sem terra.
 
Como forma de manifestação de pensamento, representantes do Movimento produziram um texto batizado como “Carta de Luziânia”. Pelo contexto, a mensagem é direcionada ao povo brasileiro, onde o MST faz duras críticas ao agronegócio de Luziânia – cidade de Goiás, situada a 50 quilômetros de Brasília (DF).
 
O Movimento declara que o agro é um setor que “concentra terras, destrói a natureza, promove o desmatamento e nos envenena com agrotóxicos”, além disso, afirma que o segmento não paga impostos e “produz apenas commodities e não alimenta o povo”.
 
O MST ainda defende a ocupação de terras como uma saída para a reforma agrária. Contrariados, os militantes reconhecem que durante o governo Bolsonaro, houve diminuição drástica na quantidade de invasões de terra no Brasil.
 
“Viva a luta por Reforma Agrária Popular! Viva o direito legítimo dos povos em ocupar os latifúndios e romper as cercas da destruição. Seguiremos pisando ligeiro, rumo aos 40 anos do MST”, diz trecho do comunicado.




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