A flotilha iraniana, composta pelos navios de guerra Dena e Makran, chegará ao porto brasileiro do Rio de Janeiro nos próximos dias. A 86ª flotilha partiu do Golfo Pérsico no ano passado e viajou para o leste através do Oceano Índico, do Mar da China Meridional, do Pacífico e ao redor do Cabo Horn para o Atlântico.
O comandante da Marinha Iraniana, contra-almirante Shahram Irani, disse que “o objetivo é circunavegar o mundo fortalecendo a presença marítima iraniana em águas internacionais.” Depois de passar pelo Rio de Janeiro, a missão deve se deslocar através do Canal do Panamá.
A frota é composta do contratorpedeiro Dena e o Makran, maior navio utilizado em conflitos do país, utilizado como centro de operações. O Dena é um navio da classe “Mowj” que ingressou na Marinha Iraniana em junho de 2021. O navio militar está equipado com mísseis de cruzeiro antinavio, torpedos e canhões navais. A outra embarcação da flotilha é Makran, um navio de base avançada deslocando 121.000 toneladas. O petroleiro pode transportar cinco helicópteros e é empregado para fornecer apoio logístico aos navios de combate.
Nos últimos anos, o Irã colocou um foco maior em mover suas forças armadas para territórios latino-americanos, uma vez que fortalece as relações com os países aliados na região, principalmente na Venezuela e na Nicarágua.
Para Joseph Humire, diretor do Centro para uma Sociedade Livre e Segura, o objetivo do Irã é intensificar os exercícios conjuntos com aliados, como Rússia e China, nesses locais. Especialistas militares suspeitam que o país islâmico está procurando desafiar os Estados Unidos ao fortalecer os laços com seus aliados.