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FMI vai dar suporte ao Brasil para formular nova âncora fiscal

Para o Fundo Monetário Internacional é preocupante a sustentabilidade política brasileira


Durante a reunião entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kritalina Georgieva, no Forúm Econômico Mundial, em Davos, Suíça, o órgão internacional ofereceu suporte técnico para o Brasil reformular a proposta de uma nova âncora fiscal para o país, diante de um quadro de preocupação sobre a sustentabilidade política brasileira.

“Sabendo da nossa discussão sobre âncora fiscal, o FMI colocou a sua equipe técnica à disposição do Brasil para que conheça todas as regras em vigor, as que estão dando mais certo e menos certo para a gente se prevenir e levar ao Congresso a mais crível e sustentável âncora fiscal”, afirmou Haddad.

A “âncora fiscal” é um dos elementos do tripé macroeconômico do regime de metas da inflação. Quando se aumenta a taxa de juros, isso provoca um aumento de pagamento de juros, o que impacta na dinâmica da dívida pública, uma trajetória difícil de se controlar. É preciso que se tenha controle dos gastos e só aumentar os juros quando for absolutamente necessário. A referência de âncora fiscal utilizada pelo Brasil era a regra do teto de gastos, por isso a necessidade apontada pelo ministro Haddad na busca de nova âncora fiscal.

“Isso é muito importante no momento o que estamos vivendo. Não adianta ter regra fiscal que não leve em conta a responsabilidade social“, sentenciou o ministro.

O Fundo Monetário Internacional, além da prover ajuda financeira aos países-membros, acompanha, periodicamente, as políticas econômicas dos seus integrantes e faz recomendações para garantir prosperidade e estabilidade econômica.

Ainda na conversa com jornalistas em Davos, o ministro brasileiro comentou sobre a reunião bilateral que teve com o ministro da Economia da Colômbia, José Antonio Ocampo. O foco da conversa foi a integração dos países da América Latina. “Há desejo de integração enorme entre países da América Latina, desunidos nós não vamos longe em um mundo que tem Estados Unidos, União Europeia, China como mastodontes econômicos. Para ter papel nesse mundo, nós precisamos estar mais integrados”, disse Haddad.




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