O senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho foi confirmado pelo seu partido, PL, como candidato a presidência do Senado e se configura como o principal adversário de Rodrigo Pacheco, atual presidente do Senado, na corrida ao comando da Casa.
Para Marinho, “é urgente restabelecer a normalidade do Judiciário” e afirmou, ainda que “espera que não haja atos extremos contra Bolsonaro”, nos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF), relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
“A pacificação do país passa pelo fim do inquérito das ‘fake news’, que configura um “regime de exceção no país”, declarou o senador.
Questionado se, atingir êxito na sua eleição para a presidência da casa, irá pautar o impeachment de ministros do Supremo, o parlamentar afirmou que “esse é o instrumento mais extremo. Só pode ser colocado em prática se os demais falharem. A primeira ação necessária é o diálogo. Diálogo com legitimidade, com altivez e argumentos. Não tenho dúvida de que todos os brasileiros de bem querem a volta da normalidade democrática”.
Marinho justificou sua candidatura ponderando que o Senado perdeu a relevância na política brasileira por omissão. “Nossa principal crítica à atual administração é que, em momentos críticos e importantes dos últimos acontecimentos nacionais, houve uma omissão na defesa das prerrogativas de seus membros. O Brasil precisa ser pacificado. Precisa que o Senado cumpra seu papel para defender sobretudo a nossa Constituição”.
“O Brasil vive um regime de exceção desde março de 2019, quando começou o inquérito das ‘fake news. Uma série de medidas, que estão fora do ordenamento jurídico ordinário, foram tomadas desde então. Isso gera insegurança jurídica”, concluiu Marinho.
Rogério Simonetti Marinho é natural de Natal, Rio Grande do Norte. É economista por formação e filiado ao Partido Liberal. Foi secretário especial da Previdência de 2019 a 2020 e ministro do Desenvolvimento Regional de 2020 a 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Anteriormente, foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte e secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte no governo de Rosalba Ciarlini. Nas eleições de 2022, foi eleito senador da República pelo seu estado.