CNJ abre processo contra juiz Marcelo Bretas, que pode ser aposentado
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu processo investigatório contra Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do órgão, é o responsável pela apuração.
A decisão sobre a abertura da apuração foi tomada após informações extraídas da delação premiada do advogado José Antônio Fichtner, enviadas ao CNJ pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta delação, Fichter acusou Marcelo Bretas de “corrução passiva” e suposto tráfico de influência com o advogado Nythalmar Dias Filho, que teria acesso privilegiado aos autos de vários processos sob responsabilidade do magistrado.
Salomão já ordenou que Bretas seja intimado a prestar depoimento até o fim deste ano. A previsão é de o juiz seja julgado na primeira sessão do CNJ em 2023, marcada para 14 de fevereiro. Caso Bretas seja condenado, ele poderá perder o cargo e ser aposentado compulsoriamente.
Bretas é um dos grandes juízes da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.