Ministro da Defesa, indicado por Lula, afirma que manifestações políticas não serão aceitas
Na manhã de sexta-feira (9), Lula (PT) anunciou José Múcio Monteiro como como futuro ministro da Defesa. Logo após, o indicado concedeu entrevista à Globo News e afirmou que pretende “pacificar” as Forças Armadas, pois estão envolvida nos últimos anos na polarização que tomou conta do país. Múcio não afirmou quais serão as providências para essa ‘pacificação’, mas também afirmou que não serão toleradas manifestações políticas de militares nas redes sociais, mas que agirá com “doçura”.
“O momento é pacificação das Armas, cada uma voltar para o seu papel. A despartidarização das Forças Armadas é absolutamente necessária no país”, afirmou Múcio durante entrevista.
Múcio ainda declarou já ter escolhido o Secretário-Geral da Defesa, Luiz Henrique Pochyly da Costa, atual secretário-geral de administração do Tribunal de Contas da União (TCU), seu ex-colega.
O indicado por Lula informou que se reunirá, na segunda-feira (12), com o atual ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, para iniciar a transição da pasta, além de uma reunião com os chefes das Forças para tentar antecipar a passagem de comando para antes da posse de Lula.
” Tem muitos militares em cargos da Esplanada. Eles não representam uma Arma, são de todas as Armas. Numa mudança de governo, você faz a substituição, vamos ver como as coisas vão acontecer”, afirmou Múcio, pontuando que os próximos 20 dias, até a posse de Lula, podem ser difíceis.
O futuro ministro ainda afirmou que Bolsonaro incentivou movimentos golpistas, dizendo que ele deveria mandar aos manifestantes acampados em frente a quartéis enrolarem suas bandeiras, de olho em 2026.
“Ele (Bolsonaro) vai ter que sair com grandeza para que seus eleitores saibam que ele pode voltar”, declarou o futuro ministro.