Política

Ao ser questionado sobre jatinho emprestado, Lula preferiu deixar para “depois”


O presidente eleito pelo TSE, Lula, preferiu deixar para “depois”, ao ser questionado pelo jornal Folha de S. Paulo sobre a viagem para a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, no jatinho do empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp que, inclusive, já foi preso pela Polícia Federal (PF). A declaração foi feita na quarta-feira (16).
 
Muito críticas foram lançadas sobre Lula devido ter viajado em uma aeronave de uma pessoa que já foi presa – possivelmente o motivo de ter se esquivado de responder algumas perguntas. Ele embarcou para a COP27 na aeronave na terça-feira (14) e deve retornar no sábado (19).
 
Seripieri, amigo do petista, foi preso temporariamente pela PF, em julho de 2020, resultado de uma investigação da Operação Paralelo 23, desmembramento da Lava Jato, sobre um suposto esquema de caixa dois na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado, em 2014.
 
A Operação foi a responsável por colocar o ex-dono da Qualicorp na cadeia. A investigação apontou o pagamento de R$ 5 milhões, feitos por ordem de Seripieri, à campanha de Serra. Conforme o Ministério Público de São Paulo, as “doações” foram realizadas em duas partes, sendo uma de R$ 1 milhão e outra de R$ 3 milhões.
 
O empresário ficou quatro dias preso. Depois, a Justiça Eleitoral ordenou sua soltura e a de outras duas pessoas. No início de novembro, Seripieri e os outros dois empresários tornaram-se réus na Justiça Eleitoral. Todos foram acusados de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois.
 
Ao fim daquele mês, a Procuradoria-Geral da República fez um acordo de delação premiada com Seripieri. Em dezembro, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, confirmou a delação.
 
*Com informações – revista Oeste




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