GDF avança na meta e qualifica 1,8 mil pequenos agricultores no DF
A meta estabelecida pelo Plano Plurianual 2020-2023 é capacitar 3 mil pessoas em cursos profissionalizantes voltados à agricultura, agropecuária e ao agronegócio. Acontece que 2022 ainda nem terminou e o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), já qualificou 1,8 mil trabalhadores rurais – com o propósito de chegar a 2 mil nos próximos dois meses.
O foco dessa profissionalização, feita gratuitamente no Centro de Formação Tecnológica e Desenvolvimento Profissional (Cefor) da Emater-DF, dentro da Ceasa-DF, são os pequenos agricultores, seja da agricultura familiar ou não. Homens e mulheres do campo interessados em promover economia e prosperar seus negócios na área rural.
É o caso de Weslley Ferreira Matias, 30 anos, que, junto com a mãe e os irmãos, cuida de uma propriedade de 50 hectares no ParkWay, onde eles criam gado, patos, porcos e galinhas. Ele é responsável pela bovinocultura e já fez diversos cursos nessa área pela Emater-DF. Com 15 vacas, bois e garrotes para cuidar, Wesley conta que as especializações pelas quais passou, sem pagar nada por elas, os ajudaram, principalmente na produção de leite.
“Eu não sabia que deveria dar um sal mais apropriado e de melhor qualidade para as vacas e aprendi técnicas de manejo e higienização na ordenha, além da vacinação. A Emater me ajudou muito e todo curso que tiver na minha área eu vou querer fazer para sempre melhorar”, afirma.
Desde 2020, foram pelo menos 25 cursos com carga horária superior a oito horas de formação. Eles atendem demandas locais e variam a cada ano, seguindo as necessidades e solicitações das regiões. São qualificações como manejo de agrotóxicos (obrigatório por lei); formação de mão de obra para avicultura, bovinocultura, equideocultura e piscicultura; panificação; manejo de irrigação; apicultura; fabricação de doces; produção de queijos; introdução à charcutaria e como produzir mais na entressafra.
“São práticas possíveis de serem aplicadas sem muito custo e que trazem resultados efetivos na produtividade e nos negócios desses pequenos agricultores”, afirma o gerente do Cefor da Emater-DF, Antônio Dantas.
A queijeira Gilda Cabral, 75 anos, já participou de diversas formações na Emater, todas voltadas à produção de queijos. Com uma propriedade em São Sebastião, ela defende a realização de concursos e a criação de uma rota do queijo no DF enquanto aguarda a certificação para comercializar seus produtos. “Os ensinamentos são práticos, com boa qualidade de explicação teórica e professores capacitados. Eu gosto muito”, relata ela.