Em meio às incertezas sobre a política econômica do presidente eleito, Lula (PT), e também com temores sobre intervenção nas estatais, as grandes empresas brasileiras negociadas no exterior reagem negativamente ao resultado do segundo turno das eleições presidenciais, o EWZ, ETF que representa a bolsa brasileira nos Estados Unidos, cai mais de 4% no pré-mercado americano. Já os Recibos Depositários Americanos da Petrobras (PETR3;PETR4) afunda cerca de 8% no pré-market da NYSE.
As quedas também representam os desmontes das apostas da reeleição de Bolsonaro, uma vez considerado mais impulsionador no mercado até mesmo pelo requisito confiança. Outro fator agravante para o cenário é a indefinição dos planos econômicos do governo de Lula, que até o momento sequer foram divulgados.
“A grande expectativa do mercado agora fica com a divulgação de possíveis ministros e a percepção em relação aos gastos fiscais”, afirmou Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, ao conceder entrevista para a revista Exame.
Para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, apesar de saber quer “não vai ter uma regra fiscal, é preciso saber o que vem no lugar e quem será o ministro da Fazenda. O mercado vai reagir de forma diferente se for o Henrique Meirelles ou ser for o Fernando Haddad, que já foram ventilados”.
