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Wall Street Journal afirma que “onda vermelha” desafia princípios democráticos na América Latina


Nesta segunda-feira (24), o jornal norte-americano The Wall Street Journal publicou um artigo opinativo com o título “Esquerda brasileira tenta amordaçar discurso político” (Brazil’s Left Tries to Gag Political Speech), de Mary Anastasia O’Grady, que explana a grande preocupação diante dos recentes movimentos da campanha do ex-presidente Lula (PT) e das decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diante das notícias verídicas que retratam o passado do petista.

“Os socialistas às vezes usam sua popularidade eleitoral para esmagar como um rolo compressor as instituições democráticas e se manter no poder. Da Argentina ao México, a onda vermelha trouxe menos liberdade e mais dificuldades”, argumenta o texto opinativo.

“A Constituição do Brasil proíbe a censura, e a repressão descarada do tribunal à liberdade de expressão alarmou a nação. Mas o juiz (Alexandre) de Moraes, que também é presidente do STF, não dá sinais de recuar”, afirma O’Grady.

Mary faz um resumo bem objetivo com destaque pontual aos políticos que apoiam Jair Bolsonaro, como Romeu Zema (Novo-MG) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), além de enfatizar que Bolsonaro reúne votos das classes trabalhadora e média, empreendedores iniciantes, empresários, conservadores sociais, proprietários de terras e agroindústria, além dos eleitores que tem verdadeira repulsa por Lula pelo histórico de corrupção.

“O ex-presidente (Lula) é particularmente ‘sensível’ sobre sua condenação por corrupção em 2017. Ela foi derrubada por um detalhe técnico em 2021 e ele foi libertado. Mas quando os brasileiros são lembrados do que o mandou para a prisão, eles relembram os enormes escândalos de corrupção que surgiram durante os 14 anos – 2003-2016 – em que seu Partido dos Trabalhadores ocupou a presidência. Lula recorreu ao juiz de Moraes para pedir ajuda”, aponta a jornalista norte-americana.

Mary ainda alerta sobre o TSE “no entanto, não tem autoridade para aprovar ou desaprovar a opinião pública. Depois de descrever os tipos de represália a veículos e pessoas que publicaram matérias que fazem crítica ao ex-presidente e candidato, a colunista finaliza dizendo que “isso nos faz pensar como será o Brasil se Lula vencer”.

O artigo também reconhece os méritos dos últimos quatro anos, afirmando que Bolsonaro melhorou o clima de investimentos no país e conseguiu, ao mesmo tempo, reduzir gastos e aumentar valores dos programas de transferência de renda aos mais pobres.




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