Em 2017, o agora CEO da Smartmatic denunciou manipulação nas urnas na Venezuela
Após a circulação da notícia falsa de que Antonio Mugica, CEO da Smartmatic, teria sido preso pelo PBI, veio à tona a denúncia feita por ele, em 2017, sobre a apuração da votação que elegeu a Assembleia Constituinte na Venezuela.
“Sem dúvida, a taxa de participação na recentes eleições para Assembleia Nacional Constituinte foi manipulada”, disse o empresário na época.
“Uma auditoria permitia conhecer a taxa exata de participação. Estimamos que a diferença entre a participação real e a anunciada pelas autoridades é de pelo menos um milhão de votos”, garantiu Mugica.
Segundo a denúncia da empresa, cerca de um milhão a mais de votantes na votação daquele ano, o que causou alerta e motivou a denúncia, já que a oposição ao Governo Venezuelano contestou a quantidade de eleitores.
Nicolás Maduro havia proposto a nova Constituinte como uma solução para a grave crise política e econômica do país. A oposição, que tem maioria no parlamento, exigiu eleições gerais na época pois alegava a iniciativa uma manobra para tentar prolongar o mandato de Maduro.
Mas o Conselho Nacional Eleitoral considerou a denúncia “irresponsável” e “sem fundamento”.