Eleições

TSE atendeu 12 das 15 solicitações do Ministério da Defesa


Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral acatou a sugestão das Forças Armadas para a realização de testes de integridade utilizando a biometria. Com esta, são 12 das 15 sugestões feitas pela Defesa, para serem colocadas em prática para as eleições de 2022.

O tribunal divulgou balanço, em junho, no qual mostrava ter acolhido 10 das 15 propostas apresentadas pelas Forças Armadas.

Quatro destas sugestões ficaram para análise posterior, mas duas foram acatadas parcialmente, antes das eleições, e as outras duas ficaram para estudo de viabilidade para o próximo ciclo eleitoral. Somente  uma das sugestões foi descartada.

Todas as propostas da Defesa:

Acolhidas:

  • Extensão do prazo para apresentação das propostas ao Plano de Ação, mesmo após a data estabelecida – 17 de dezembro de 2021;
  • TSE deveria, no Plano de Ação, dar destaque à possibilidade de o código-fonte inspecionado em 2021 sofrer alteração até a cerimônia de lacração;
  • Atualização do aplicativo Boletim na Mão, para incluir funcionalidades que permitam, entre outras atribuições, armazenar vários boletins de urna e totalizar em tempo real os votos registrados, a partir do somatório do QR Code dos referidos boletins. Poderia, ainda, ser considerada a possibilidade do envio dos dados para um servidor específico, permitindo a auditagem da totalização de mais de uma zona eleitoral, com a legitimidade conferida pelo TSE;
  • Distinção entre auditoria e fiscalização do processo eleitoral: “Recomenda-se que seja mantido o incentivo à participação das Entidades Fiscalizadoras nas atividades de fiscalização das diversas fases do processo eleitoral, principalmente por parte dos partidos políticos, que possuem a competência legal para a contratação de empresas para a realização de auditorias independentes. Recomenda-se, ainda, que o Poder Legislativo Federal seja incentivado a realizar as atividades de auditoria independente no processo eleitoral, tendo em vista sua competência constitucional para o exercício dessas atividades”;
  • Institucionalização de procedimento para a hipótese de constatação de irregularidade em teste de integridade;
    Atuação de empresa especializada de auditoria, contratada por partido político, nos termos da lei eleitoral.
  • Redução das restrições impostas aos investigadores e aumento da abrangência do escopo do Teste Público de Segurança, a fim de aumentar a efetividade do referido teste;
  • Execução de teste de integridade das urnas mediante identificação do eleitor por meio de biometria;
  • Realização do teste de integridade das urnas nas condições mais próximas possível da realidade do momento da votação, com a utilização, inclusive, da biometria dos eleitores;
  • Inclusão das urnas modelo UE 2020 no TPS;
  • Totalização descentralizada, com redundância nos TREs. Recomenda-se que a totalização dos votos seja feita de maneira centralizada no TSE em redundância com os TRE, visando diminuir a percepção da sociedade de que somente o TSE controla todo o processo eleitoral, bem como aumentar a resiliência cibernética do sistema de totalização dos votos.

Serão analisadas nas próximas eleições:

  • Sorteio absolutamente aleatório das urnas e seções que comporão o teste de integridade;
    Redução das restrições impostas aos investigadores e aumento da abrangência do escopo do do Teste Público de Segurança, para aumentar a efetividade do referido teste em futuras oportunidades.

Descartada

  • Duplicidade entre abstenção e voto: “Recomenda-se que o relatório de abstenções seja disponibilizado à sociedade a fim de aumentar a superfície de fiscalização do processo eleitoral disponível, caso haja amparo legal para tal medida.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo