Derrota para Boric: Nova Constituição é rejeitada no Chile em plebiscito
Os chilenos votaram em plebiscito e rejeitaram, no domingo (4), por ampla margem (61,9% a 38,10%), a proposta de nova Constituição. Com isso, continua válida a Carta em vigor desde a época da ditadura de Augusto Pinochet que durou de 1973 a 1989. De acordo com as autoridades chilenas, mais de 15 milhões de eleitores foram convocados às urnas em um dia de alta participação devido ao voto obrigatório.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, compareceu ao seu local de votação às 11h, 2 horas depois da abertura das zonas eleitorais. Mais de 50.000 pessoas apresentaram justificativa para não votarem no plebiscito. Foi a 1ª votação obrigatória no país desde 2012.
Os eleitores foram chamados para responder à seguinte pergunta: “você aprova o texto da Nova Constituição proposto pela Convenção Constitucional?”. As escolhas possíveis foram: “aprovo” ou “rejeito”.
A proposta da nova Constituição mantinha uma economia de mercado, mas ambicionava consagrar um novo catálogo de direitos sociais em termos de saúde, aborto, educação e previdência, com ênfase ambiental e “plurinacionalidade” indígena.
Em 2020, 78% dos chilenos votaram a favor da elaboração de uma nova carta constitucional para o país. O plebiscito havia sido acordado em 2019, quando se intensificaram os protestos violentos e repressões no Chile.