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Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa em áreas como saúde e tecnologia começa a funcionar oficialmente


Batizada com o nome Manacá, foi lançada oficialmente, nesta quarta-feira (21), em Campinas (SP), a primeira linha de Luz Sirius, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que vai ajudar no desenvolvimento de pesquisas. O Presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento e, antes, visitou as instalações onde o projeto será desenvolvido.

“Aqui, realmente podemos buscar a independência da nossa nação”, disse o Presidente Bolsonaro. O Sirius é um acelerador de última geração que promete ajudar no desenvolvimento de pesquisas em várias áreas, desde a física básica até a ciência médica. É considerado uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, um enorme microscópio.

Funciona como um acelerador de elétrons que produz um tipo específico de luz tão intensa que nos permite enxergar materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros, para entender como eles funcionam. O Sirius pode ser usado em pesquisa de diversas áreas, com impacto no desenvolvimento de medicamentos, alimentos, fertilizantes, novas fontes de energia e muitas outras possibilidades.

A Manacá, que é a primeira estação de pesquisa em uso no Sirius, já estava sendo usada em caráter emergencial no esforço de apoiar pesquisas relacionadas à Covid-19. Agora, inaugurada oficialmente, vai apoiar também o avanço dos estudos de outras doenças, como Alzheimer, câncer e esquizofrenia.

“O Brasil está progredindo, e muito, em inovações. Uma estrutura como essa é capaz de ajudar o Brasil a ser ponta em muitas áreas. Ciência, tecnologia e inovações, isso está no futuro”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ao participar do lançamento da Primeira Linha de Luz Sirius.

Segundo o ministro, o Sirius vai colocar o Brasil numa posição de destaque no mundo. “Esse centro consegue colocar o Brasil na ponta em termos de aceleradores de partículas como essa daqui. E, junto com outros laboratórios aqui de biorrenováveis, de nanotecnologia e biociências, esse centro aqui ele realmente é capaz de levantar o Brasil em biotecnologia e transformar, sim, essa região numa região que seja pólo de biotecnologia no país”, disse Marcos Pontes.

As linhas de luz do Sirius funcionam de forma independente entre si, e permitem que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente. Outras cinco linhas de luz, – Carnaúba, Cateretê, Ema, Ipê, Mogno -, seguem em fase avançada de montagem e deverão ter o projeto concluído até o final deste ano. A primeira fase do projeto prevê a instalação de um total de 14 estações de pesquisa até o final de 2021.




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