Crise na Argentina: Alberto Fernández demite dois ministros; disparada do dólar ante peso argentino e alta na taxa de juros para 69,5%
Em meio à disparada do dólar para peso argentino e crise no gabinete presidencial, um comunicado do Banco Central da República Argentina (BCRA) somatizada a tragédia econômica no governo esquerdista, confirmada com a elevação da taxa básica de juros no país, da Letra de Liquidez (Leliq) de 60% a 69,5%.
De acordo com O Instituto nacional de Estatística e Censos (Indec), a inflação foi de 7,4%, na comparação com o mês anterior, o que levou a um aumento de 46,2% acumulado desde janeiro e de 71% em relação ao mesmo mês do ano passado.
“A economia enfrenta um aumento da volatilidade de preços em um contexto de flutuações financeiras não relacionadas aos fundamentos macroeconômicos do país”, diz o comunicado. Além disso, relata que vai calibras a taxa de juros no âmbito do processo de normalização em andamento, onde visa evoluir o nível geral dos preços e a dinâmica no mercado cambial com “especial atenção”.
O aumento das taxas de juros está contemplado no programa econômico acordado entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para refinanciar um empréstimo de mais de 40 bilhões de dólares.
Quanto a crise que assola a gestão de Alberto Fernández, já levou a demissão de dois ministros da Economia em menos de um mês. O presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa, foi nomeado para comandar a política econômica em um novo ministério que reúne várias pastas.
Ainda segundo o BCRA estão entre os motivos que levaram a tomar a decisão de elevar os juros foram que, por dois meses consecutivos, a inflação mostrou baixa tendência, os preços aceleraram em julho, num contexto de maior volatilidade financeira em nível local. A inflação no país pode superar 90% neste ano.