Carta reveladora: por que fundador do PCC planejou explodir o Fórum de São Paulo?
14 anos após a neutralização de um carro bomba com 34 kg de explosivos colocado no estacionamento do Fórum Criminal de Barra Funda, zona oeste da capital paulista pelo Primeiro Comando da Capital – PCC, em 8 de março de 2002. O alvo principal eram autoridades do judiciário e policiais. O motivo seria vingar as mortes dos 12 integrantes do PCC na praça de pedágio da rodovia José Ermírio de Moraes, conhecida como Castelinho, em 5 de março de 2002. O crime planejado por um dos fundadores da facção criminosa, José Márcio Felício, vulgo Geleião, só não foi concluído devido à falha do aparelho para acionar a explosão, mas a confissão aconteceu por meio de uma carta com 13 páginas, onde ele assumiu sozinho a autoria do crime.
Na época, os homens do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) ficaram atônitos ao se depararem com o plano arquitetado e que, de acordo com os peritos, ao detonar os explosivos iria provocar uma grande tragédia com feridos, mortos e possibilidades de incêndio em grandes proporções.
As mortes dos integrantes do PCC teriam acontecido três dias antes do encontro do carro-bomba no fórum. Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), 12 homens do PCC foram assassinados por policiais militares do Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância (Gradi).
Geleião ao assumir a autoria do ataque, inocentava Cesinha, um dos oito fundadores do PCC e outros acusados de envolvimento no crime premeditado. A princípio Cesinha teria confessado a autoria do crime, em depoimento prestado à Polícia em maio de 2002. Cesinha que já era jurado de morte, em 2006, foi assassinado na. O motivo seria por ter criado outra facção criminosa, o TCC.
Em outro trecho da carta, o fundador do PCC alega a outra motivação para o crime: pressionar autoridades das carcerárias paulistas do Rio de Janeiro porque queria retornar para a penitenciária de São Paulo.
Fim de “carreira”
Por meio de autorização judicial, Geleião que ficou preso por 42 anos ininterruptos, foi retirado da prisão, apenas para prestar serviços as autoridades policiais nas investigações e desarticulações de ações criminosas executadas pelas facções.
Ele morreu aos 60 anos, vítima da Covid, em 10 de maio de 2021, no Centro Hospitalar Penitenciário de São Paulo.
Acompanhe a carta na íntegra.
Com informações do UOL Notícias.