Por determinação judicial uma perícia foi realizada e apontou que o pré-candidato à vice-presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Geraldo Alckmin, pagou preço excessivo por uma pintura de um retrato do ex-governador José Serra. O parlamentar teria encomendado o quadro em 2018, quando estava na gestão do governo de São Paulo, e pagou R$ 85 mil pela pintura, mas no laudo pericial apresentado à Justiça revelou que o valor de mercado atual do quadro é de aproximadamente R$ 36 mil.
“Em 2018, esta mesma obra valeria R$ 27.765”, afirmou a perita Izabel Muanis do Amaral Rocha. Ainda de acordo com o laudo, a perícia levou em consideração a reputação do artista e o tempo gasto para a realização do trabalho, e concluído 10 dias após a contratação.
A perícia foi realizada por conta de um processo aberto pelos advogados Carlos Klomfahs e Marcelo Feller, que questionaram os valores gastos, além do fato de não ter sido feito licitação para a escolha do pintor.
Klomfahs afirmou à Justiça que “a contratação é uma afronta à moralidade administrativa”. Ele argumentou ainda que identificou gastos exorbitantes diante de um contexto de “ajuste fiscal” e “cortes de investimentos em áreas-chave, como segurança e meio ambiente”. Feller também declarou à Justiça que “o valor do contrato foi superfaturado”.
A defesa de Alckmin alegou que a compra da pintura aconteceu de acordo com os procedimentos legais, e que a contratação do artista Gruber aconteceu através da indicação da curadoria do acervo artístico-cultural do Palácio.
O caso segue com a avaliação do mérito processual, e cabendo o questionamento das defesas de Geraldo Alckmin e Gruber.
