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Gusttavo Lima desabafa sobre shows pagos por prefeituras; Mario Frias opina “ataque covarde”
Gusttavo Lima usou suas redes sociais, na segunda-feira (30), para se pronunciar pela primeira vez sobre a polêmica sobre cachês com valores altos pagos por prefeituras do interior do Brasil, como no caso da cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais. O artista lamentou as duras críticas, pediu o fim dessa situação e até chorou ao esclarecer a situação.
“É muito triste a gente ser tratado como um criminoso ou bandido. Estamos vivendo em uma geração cruel, que vale tudo por mídia, por cliques, em que vale tudo para vender uma matéria”, lamentou Gustavo. Na sequência, o cantor falou mais sobre os contratos pagos por prefeituras de cidades pequenas. “E volto a falar mais uma vez o meu dinheiro não tem qualquer ligação com o dinheiro público. E se um dia eu cheguei a fazer um show para prefeituras como todos os artistas, deixaria de cobrar o meu preço, pois a única coisa que eu tenho para vender é a minha música, é a minha arte, é o meu trabalho. Então não me peça para fazer de graça a única coisa que tenho para vender”, completou.
“Pelo o amor de Deus parem com essa perseguição em cima de mim. Só peço isso pra vocês”, pediu Lima aos seguidores das redes sociais.
O ex-secretário da Cultura, Mario Frias, ao conceder entrevista para o programa Pânico, opinou sobre a polêmica envolvendo o cantor. “Não é um assunto pertinente para se fazer piadas, o quadro que a gente encontrou na Secretaria de Cultura, principalmente em relação à Lei Rouanet, foi de favorecimento aos amigos do rei. Isso é muito triste”, lamentou. “No caso do Gusttavo, o que eu percebi foi um ataque covarde. O sertanejo é muito independente, se renova ano a ano, independentemente de Lei Rouanet. Isso é algo muito bacana.”
Frias também se pronunciou sobre os críticos do Governo de Jair Bolsonaro, se referindo com os artistas que expressam a própria opinião. “Eu, como cidadão, posso ter a opinião política que eu quiser, isso é o bacana da democracia. A questão toda em relação ao posicionamento dos artistas em relação ao Estado: fica muito claro que a elite que bate nesse governo abertamente é a mesma elite que se fartou dos recursos nas últimas décadas”, reflete. “A arte deveria ficar fora do palanque político, mas o artista tem direito de se manifestar, sim.”
“Fica difícil entender uma pessoa razoável que queira votar no Lula”, declarou. “É o que falei, tem uma galera desesperada pela saída do Bolsonaro porque acabou o dinheiro fácil”, concluiu.
Acompanhe a entrevista com o ex-secretário da Cultura, Mario Frias.