Caso Renato Freitas: E-mail racista foi forjado, conclui relatório preliminar da Câmara de Curitiba-PR
A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) divulgou, na sexta-feira (20), um relatório da investigação sobre o e-mail de cunho racista e com ameaças recebido pelo vereador Renato Freitas (PT). A conclusão, preliminar, aponta que a mensagem foi forjada e enviada de um servidor anônimo hospedado fora do país.
A juíza Patrícia Bergonsi, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, concedeu uma liminar que determinou a suspenção da sessão do plenário que pediu a cassação do mandato do parlamentar petista, na quinta-feira(19). Com o relatório preliminar, o Legislativo pede à Justiça a reconsideração da liminar. Ao deferir parcialmente o pedido de tutela na ação anulatória movida pela defesa de Renato Freitas, a juíza suspendeu a sessão de julgamento até a conclusão da sindicância sobre o e-mail racista.
Segundo informações do relatório preliminar que investiga o caso, foi utilizado um serviço de envio de e-mails anônimos, cujo servidor é hospedado na República Tcheca, no Leste Europeu. Esse serviço não guarda registros como data e hora, mas concluiu que houve “claro objetivo de forjar o remetente da mensagem, simulando as credenciais do vereador Sidnei Toaldo (Patriota)”.
“Verificou-se que para o seu envio [do e-mail com ofensas racistas] foi utilizado um serviço de envio de e-mails anônimo, hospedado na República Tcheca, que não armazena logs, ou seja, não guarda registros para auditoria/mapeamento de informações tais como data, hora, IP etc. Percebe-se então que houve claro objetivo de forjar o remetente da mensagem, simulando as credenciais de envio como sendo as do vereador Sidnei Toaldo”, consta na análise da Diretoria de Tecnologia de Informação e Comunicações (DTIC) da CMC.
Os vereadores envolvidos no caso, Renato Freitas e Sidnei Toaldo, cooperaram com a investigação permitindo o acesso de sua comunicação eletrônica pessoal à corregedora Amália Tortato (Novo).
“A sindicância apenas não foi concluída pois, como informado pela área técnica, há diligências efetuadas junto a empresa fornecedora Serpro pendentes de retorno, mas que em nada mudam o fato de que o e-mail foi forjado e não partiu da conta institucional do vereador Sidnei Toaldo”, completa a Casa.
Com base nas informações repassadas, a CMC aguarda que a uma das Câmaras Cíveis do TJPR ou a própria magistrada que concedeu a liminar analisem o pedido do Legislativo. Em havendo a revisão da tutela concedida, a Câmara Municipal de Curitiba informou que vai retomar a votação em plenário da cassação de mandato de Renato Freitas.
Queremos a devida reprimenda no caso do invasor da Igreja do Rosário em Curitiba; a mera falta de consequência a tal ato repulsivo de intolerância religiosa se caracterizaria em impunidade e prevaricação dos demais membros da Casa que tem o dever de realizar o devido ajustamento do caso. De uma cidadã ultrajada pelo ato vil desse tal e de olho na Câmara dos Vereadores de Curitiba.