Política

Deputado do PSL culpa Bolsonaro por alta do diesel


O deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos, afirmou que não descarta uma paralisação da categoria como resultado do novo aumento do diesel, afirmou também que a classe vive um impasse: não consegue absorver a variação de preço e também não pode repassar aos clientes, o que torna os fretes inviáveis. Além de atribuir ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a responsabilidade por esse aumento. As declarações foram ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

“O pessoal da categoria não tem condições de rodar e repassar os últimos quatro aumentos do diesel. [Bolsonaro] tem que fazer alguma coisa, inflação está galopante acima dos dois dígitos”, iniciou Crispim, que continuou: “Presidente foi eleito há 3,5 anos, está a quase no final do mandato. A Petrobras é empresa pública e tem função constitucional, a responsabilidade é do presidente. Não adianta, o conselho [da estatal] é subordinado a ele, inclusive ele trocou o ministro de Minas e Energia, que é presidente dessa comissão. O PPI não é uma lei, é uma resolução e ele pode sim junto com o ministro retirar a resolução e deixar com que os combustíveis no Brasil tenham reajuste baseado em índices nacionais. A responsabilidade é sim do presidente”, argumentou o deputado federal.

“O presidente gravou um vídeo afirmando, lá em 2018, antes das eleições, que ele apoiaria a pauta dos caminhoneiros provenientes da paralisação de 2018. A política de preços da Petrobras, os pontos de parada, a aposentadoria. Gosto de ressaltar porque ele gravou vídeo e tem outras manifestações falando do PPI [Preço de Paridade Internacional]”, disse Crispim.

“Ele tem que cumprir o que se comprometeu em 2018 com os caminhoneiros e fazer com que as coisas aconteçam, trazendo saúde, segurança e educação e não fazendo essa política de preços da Petrobras, que teve lucro nos três primeiros meses de R$ 44 bilhões e grande parte está arremetido para grandes investidores internacionais”, acrescentou o parlamentar.

“Não é questão de querer fazer paralisação. É que tem alguns que o resultado financeiro é extremamente negativo e ele não consegue pagar óleo diesel, manutenção, encargos e sobrar alguma coisa”, finalizou.




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