O governador Rui Costa (PT-BA), afirmou em depoimento à Polícia Federal que assinou o contrato de compra de 300 respiradores da empresa Hempcare, uma importadora de produtos à base de maconha, sem saber o significado a palavra HEMP, que em inglês significa maconha; e care, cuidado. A empresa foi contratada sem licitação pelo Consórcio do Nordeste e recebeu adiantados R$ 48 milhões por respiradores, mas nunca os entregou.
“Eu não tenho pleno domínio da língua inglesa”, justificou o mandatário que aa época da assinatura, era o presidente do consórcio.
Na terça-feira (26), a PF deflagrou uma operação cumprindo mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. Em depoimento à delegada Luciana Caires, Rui Costa negou saber do pagamento antecipado do valor integral do contrato. “Não. Tô tendo conhecimento disso agora”. A delegada quis saber o motivo do contrato não constar no Portal da Transparência e o chefe do Executivo baiano tergiversou: “Não sei. Eu não olho todos os dias o Portal e não sei o que lançam. Isso não é função do governador”, respondeu Costa.
O governador também foi questionado sobre sua relação com Cleber Isaac, o intermediário da compra desse ventiladores que nunca foram entregues, mas Costa afirmou não ter “nenhuma relação pessoal, familiar ou profissional” com ele. A delegada então afirma ter provas de um encontro entre o governador e Isaac a partir de um aparelho celular apreendido. “É mentira. Não é verdade”, respondeu Costa.
