Justiça
Alexandre de Moraes pede que PGR se manifeste sobre suposta interferência de Bolsonaro na PF
Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou, nesta quarta-feira (27), que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o relatório da Polícia Federal que chegou a conclusão de que o presidente Jair Bolsonaro não interferiu na corporação. O magistrado pede que a PGR decida se prossegue ou não com a investigação, mesmo com o documento da PF afirmando que não foram encontrados elementos que incriminem a conduta do presidente da República.
“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação”, determinou Moraes. O órgão comandado por Augusto Aras poderá arquivar o inquérito.
“Concluímos que, dentro dos limites da investigação traçados pelos Exmos. Ministros Relatores, no âmbito da esfera penal, não há nos autos elementos indiciários mínimos de existência de materialidade delitiva imputada ao Senhor Presidente da República Jair Messias Bolsonaro assim como também ao Senhor Sérgio Fernando Moro. No decorrer dos quase dois anos de investigação, dezoito pessoas foram ouvidas, perícias foram realizadas, análises de dados e afastamentos de sigilos telemáticos implementados. Nenhuma prova consistente para a subsunção penal foi encontrada. Muito pelo contrário, todas testemunhas ouvidas foram assertivas em dizer que não receberam orientação ou qualquer pedido, mesmo que velado, para interferir ou influenciar investigações conduzidas na Polícia Federal”, afirma claramente o relatório da PF.