O recorde alcançado por Anitta na plataforma de música Spotify passará por uma investigação, uma prática comum da plataforma para averiguar se os números registrados são de fato reais ou se foram manipulados. Caso seja encontrada qualquer irregularidade, a plataforma pode reter os royalties da produção até que a cantora mostre que não teve envolvimento nas ações.
“Quando identificamos ou somos alertados sobre casos potenciais ou confirmados de manipulação de stream, tomamos medidas que podem incluir a retenção de royalties, a correção de números de streaming e medidas para garantir que a popularidade do artista ou da música seja refletida com precisão em nossos gráficos”, informou a empresa.
A suspeita foi levantada pelo site “Rest of World”, que mostrou indícios de que fãs da cantora tenham utilizado métodos não convencionais para impulsionar o lançamento da música “Envolver”. Entre as ações dos fãs há o uso de redes VPN para reproduzir as músicas várias vezes com IPs diferentes, burlando o protocolo-raiz, que identifica a origem do acesso a internet; e também o possível uso de “robôs” (bots) para reproduzirem a música indefinidamente.
No dia 14 de março, o perfil oficial da cantora no Twitter retuitou um pequeno tutorial de um seguidor onde ele ensinava, passo a passo, como criar mais de uma conta e elaborar playlists em que “Envolver” tocaria várias vezes, ao longo de horas. Onze dias depois, essa mesma música chegou ao primeiro lugar a nível mundial, no Spotify.
