Política

Lula fala sobre aborto e Bolsonaro rebate: ‘trata o aborto como uma extração de dente’


O ex-presidente Lula que também pré-candidato à eleição presidencial neste ano, defendeu que o aborto seja legalizado durante um debate promovido no dia 6 de abril pela Fundação Perseu Abramo e pela entidade alemã Fundação Friedrich Ebert, em São Paulo. Para ele, as mulheres sofrem a proibição porque são pobres e morrem ao tentar fazer aborto no Brasil, enquanto as ricas podem fazer no exterior sem dificuldades em Paris.

“Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal”, afirma Lula.

A fala desencadeou polêmica. Coincidências à parte, dias depois após a afirmativa, Lula decidiu contradizer-se. “A única coisa que eu deixei de falar, na fala que eu disse, é que eu sou contra o aborto. Eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é que é preciso transformar essa questão do aborto numa questão de saúde pública”, disse o petista.

O presidente Bolsonaro (PL) rebate as falácias do petista durante uma live. “Lula falou tanta besteira, defendendo abertamente o aborto. Para ele, o aborto é como extrair um dente”, declara.

Bolsonaro ainda se posiciona com relação ao comentário de Lula sobre a pauta da família ser um retrocesso. “A pauta de família do PT era o famoso Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH3, cujo título principal era desconstrução da heteronormatividade”, revela o presidente que complementa dizendo que não iria entrar em mais detalhes depois de Lula ter “falado tanta besteira”.

Sobre a Teoria Queer – desconstrução da heteronormatividade

Segundo a teoria, a heteronormatividade, se baseia no machismo e no patriarcado para ser perpetuada. E a proposta dessa teoria é promover uma desconstrução da figura heterossexual – desde a forma de se portar até aos hábitos sexuais – a todos os indivíduos. O assunto estava tão normatizado na gestão de governo anterior, que já estava sendo aplicado nas escolas por meio de cartilhas sobre homossexualidade.

A declaração do petista quanto à normatização do aborto no Brasil, também foi criticada por Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos e da Família, que afirmou que “a pauta do ex-presidente sempre foi a cultura da morte”, e parlamentares como os deputados Marco Feliciano (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

 

 

 




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