Alguns dias após o bilionário Elon Musk se tornar um dos maiores acionistas do Twitter, o jornal The New York Times pede que seus funcionário deixem de usar a plataforma, segundo informações de um memorando vazado na semana passada.
Dean Baquet, editor-executivo do jornal, assina o documento que orienta os jornalistas do NYT a deixarem a plataforma ou, “reduzir significativamente” o tempo gasto na rede social em comparação a outras atividades de trabalho.
“Está claro que precisamos redefinir nossa postura no Twitter para a redação. Por isso, estamos fazendo algumas mudanças”, afirma Baquet no memorando.
Essa recomendação vai contra o manual de conduta do jornal sobre o uso das mídias sociais, publicado em 2020. Nele, Baquet afirmava a importância do uso das plataformas digitais para amplificar o alcance das matérias e para que jornalistas experimentem estilos de voz, enquadramento e reportagem baseados no impacto sobre os usuários.
A mudança nas recomendações aconteceram justamente na semana em que Musk se torna acionista do Twitter. Musk é declaradamente de direita, enquanto o jornal The New York Times tem um posicionamento reconhecidamente favorável à esquerda.
