Após fala sobre aborto, Lula perde apoio de evangélicos petistas
Após a fala de Lula sobre mulheres terem direito ao aborto, a repercussão sobre a pauta não pegou bem na ala evangélica petista. Lula vem dando declarações que não agradam nem mesmo os esquerdistas de plantão.
Se o ex-presidiário pretende ganhar os eleitores evangélicos, está indo para o mal caminho e isso tem preocupado a liderança do principal partido de esquerda do Brasil.
Lula vem defendendo a descriminalização do aborto no Brasil e que essa é uma questão de saúde pública.
“Mulheres pobres morrem tentando abortar, enquanto madames vão para Paris. “A madame pode ir fazer um aborto em Paris, escolher ir para Berlim. Na verdade, [o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública, a que todo mundo deve ter direito, e não vergonha”, disse Lula. “Se eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho, vou discutir com meu parceiro. O que não dá é a lei exigir que ela precisa cuidar”, disse Lula.
Em outra entrevista, o ex-presidente entra em contradição, afirmando ser contra o aborto.
“Eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é o seguinte: é preciso transformar isso em uma questão (de saúde) pública. As pessoas pobres, que são de vítima do aborto, têm que ter condição de se tratar na rede pública de saúde. É só isso. Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe”, disse Lula, em entrevista ao Jornal Jangadeiro, da Band News FM, do Ceará.