O principal líder da oposição ao Governo Bolsonaro, Randolfe Rodrigues, anda inseguro e preocupado ao mesmo tempo, mas parece pressentir que a eleição deste ano poderá ser definida no primeiro turno, e com a reeleição de Bolsonaro.
Na verdade o surto pode ter provocado um pico de lucidez, pois Randolfe revela que Bolsonaro está muito mais forte do que em 2018, porque além do apoio dos militares, trouxe para o núcleo do governo o que considera ser o mais profissional na política do Brasil: o Centrão.
O senador do partido Rede do Amapá pensa que para Lula vencer Bolsonaro, precisa conquistar novas forças democráticas nos setores mais amplos da sociedade. Realidade longínqua, pois é possível notar que o Lula evita ir às ruas, promove reuniões particulares em mansões com o apoio de uma parte da classe artística, sem contar os encontros promovidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em que não consegue se quer reunir um público expressivo.
A verdade é que o petista não consegue colocar em prática uma articulação política mais abrangente. Hoje, a grande maioria da população não acredita mais nas retóricas do ex-presidente, que já foi julgado e condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro no caso tríplex em Guarujá, e o envolvimento em um esquema de corrupção na Petrobras, e que o suborno foi entregue em forma de pagamento de apartamento. Além disso, o caso do sítio em Atibaia, em que nesse processo Lula foi acusado de receber propina da OAS e da Odebrecht por meio de reformas no sítio, e entre outros que totalizam 11 processos, em que só tiveram três absolvições.
Mesmo após o STF ter “zerado o jogo” para Lula, ou seja, anulando as condenações, ele não tem a menor condição de chamar a sociedade para conversar. Mais um motivo para o desespero de Randolfe, que sugeriu ao petista até que se inspirasse na versão do Lula de 2002 e não a de 1998. Vale frisar que o discurso de Lula nada tem a ver com “Lulinha paz e amor”, ao contrário, pois em vários momentos tratou sobre a regulamentação dos meios de comunicação, afirmou que o mesmo acontecerá com a internet, mas que é preciso definir formas para que a regulamentação “não seja censura”. Mas como regulamentar sem censurar?
O Lula não é mais plural há tempos! A bem da verdade, o governo Bolsonaro apesar de ter herdado um verdadeiro cemitério de obras inacabadas, muitas delas conseguiu concluir e entregar, com isso, conquistou a confiança do povo brasileiro. Além disso, tem mostrado a capacidade de gerir um país sem corrupção; argumentos consistentes, motivadores do avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de opinião e com o apoio popular.
A dificuldade de agregar Lula em torno de lideranças políticas somada às próprias resistências internas com a presença de Geraldo Alckmin na chapa, acende a luz vermelha da pré-campanha de Lula. Randolfe poderá surta de vez!
