“Tem vida própria” a tornozeleira eletrônica, diz defesa de Daniel Silveira que pede substituição imediata do equipamento
Diante das suspeitas de manipulação da tornozeleira eletrônica instalada no deputado federal, Daniel Silveira (União-RJ), no dia 31 de março, na sede da Polícia Federal, em Brasília-DF, o advogado de defesa Paulo César Rodrigues de Faria, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), entrou com o pedido de substituição imediata do monitoramento e, no mesmo pedido, também requereu que Alexandre de Moraes seja impedido de atuar no processo.
“Há indubitável desconfiança da Defesa [do cliente] de que o equipamento tenha adquirido ‘vida própria’, em razão de relatos do parlamentar de ‘ruídos estranhos’ e contínuos, além de esporádicas ‘vibrações’ sem qualquer nexo ou causa”, afirmou o representante legal de Silveira, alegam os defensores.
O aparelho de monitoramento defeituoso, inclusive, foi comparado a um equipamento utilizado por Daniel no ano passado. No documento, a defesa considera o comportamento como não usual, despertando a suspeita de manipulação.
“Surgiram então dúvidas quanto à integridade e confiabilidade do aludido equipamento, eis que, em tese, ‘possa ter sofrido algum tipo de manuseio eletrônico’, tipo ‘escuta’ embutida, ou outra forma não prevista em lei, desconhecido da defesa e do próprio monitorado, chegando à conclusão de que o mesmo não esteja adequado para o fim ao qual está designado”, conforme descrição na manifestação enviada ao STF.