O MPF pediu a condenação e cassação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva no âmbito da investigação de suposto recebimento de propina. O Ministério também pediu a devolução de R$ 2 milhões de propina que foram repassados ao deputado por Joesley Batista, um dos donos da J&F.
A irmã do parlamentar, Andrea Neves da Cunha, também foi denunciada por ter solicitado R$ 2 milhões em nome do irmão.
A defesa do deputado alega que os valores recebidos eram um empréstimo e não propina. Em nota oficial, os advogados do parlamentar alegam que o MPF “surpreendentemente, ignorou o fato de que os próprios delatores, quando ouvidos em juízo, afastaram qualquer ilicitude envolvendo o empréstimo feito ao Deputado que, segundo eles próprios, não teve qualquer contrapartida. As provas deixaram clara a inexistência de qualquer crime e a defesa aguarda, com tranquilidade, a apreciação pelo Poder Judiciário”.
O processo é teve início após a delação de Joesley Batista, que gravou o então presidente do PSDB, em 2017, pedindo R$ 2 milhões para arcar com despesas de sua defesa na Operação Lava Jato.