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O fenômeno das redes sociais nas eleições em 2018, volta a assombrar a oposição em 2022 


De fato, ninguém esperava que uma campanha presidencial tivesse, na internet, a sua principal força determinante para o resultado final.

Nos EUA, o twitter foi uma arma poderosa para o então presidente Donald Trump e no Brasil, ainda mais improvável, com o candidato Jair Bolsonaro, através do Facebook e Youtube, improvisando o “set-up” da gravação de seus vídeos com o que tinha em mãos, com direito a abajur, celular e muita fita crepe.

A grande mídia e os “consagrados” marketeiros políticos, entraram em parafuso quando, já tarde, tiveram que reconhecer que foram batidos por uma onda avassaladora de “bolsominions” que dominava todas as plataformas e fóruns online mostrando o apoio a Bolsonaro, consolidado por suas lives semanais (prática que mantém até hoje).

Desde então, uma força-tarefa oposicionista tentou de todas as formas minar esse “fenômeno”, primeiro com ataques midiáticos de grandes emissoras de TV e Jornais, que se esforçavam para recuperar sua confiabilidade perante a população e com a criação de agências de ‘checagens de fatos’ (?), formadas por um grupo restrito de velhos conhecidos da mídia, com a chancela de associações jornalísticas nacionais como a ABRAJI e a FENAJ.

Depois com a tentativa da judicialização da opinião pública, deferindo prisões, instaurando CPIS e criando decretos para incriminar qualquer tipo de informação que se opunha ao que o poder judiciário e legislativo decidia como verdade absoluta.

A tentativa de frear o poder das redes sociais sobre debate público, principalmente relativo a política no país, se tornou tão importante para a disputa eleitoral, que se tornou uma pauta a ser empregada em uma possível vitória de alguns candidatos para a próxima eleição.

O Ex-Presidente, LULA, condenado em julho de 2017 por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (sendo anulado pelo Ministro do STF Edson Fachin em março de 2021), chegou a dar diversas declarações de seu desejo de regulamentar a mídia e a internet, algo que já foi pleiteado durante o Governo Dilma, com o Marco Civil da Internet:

“Vamos ter que regulamentar as redes sociais, regular a internet, colocar um parâmetro.” (…) “Uma coisa é você utilizar os meios de comunicação para informar, educar. Outra coisa é para fazer maldade, para contar mentiras, causar prejuízo à sociedade”… – Disse o Ex-Presidente em entrevista ao S&D, Grupo Socialista e Democrata do Parlamento Europeu, em Novembro de 2021.

Com as eleições presidenciais chegando, é inegável que o temor de que a história se repita vem tirando o sono dos desafetos do presidente Jair Bolsonaro.

Nenhum órgão de pesquisa oficial foi capaz de prever sua vitória em 2018 e, em descrédito, não é mais vista como parâmetro sequer especulativo na corrida presidencial.

Comentaristas políticos se desdobram em malabarismos argumentativos para tornar a verdade escancarada em uma ilusão de ótica.

Se as redes sociais definirão as eleições em 2022 não se sabe, mas que é certo que a arrogância e supremacia midiática dos principais veículos informativos do nosso país, que por muito tempo foram instrumentos determinantes no marketing político, não garantem resultado, já está mais do que claro.




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