Saúde

Vacina contra a malária que levou 30 anos para ser produzida, com 100 mil doses aplicadas de testes, começa a dar resultados positivos


Um programa piloto de vacinação de crianças contra a malária, que começou a ser adotado no Quênia, Gana e Malawi em setembro de 2019, começa a dar resultados. A vacina, que levou 30 anos para ser produzida, já foi aplicada em mais de 100 mil crianças no oeste do Quênia, onde a malária é endêmica.

Segundo reportagem  da AFP, clínicas de saúde no oeste do Quênia estão começando a ver resultados positivos. As admissões por malária estão caindo, assim como a gravidade dos sintomas.

“Desde que começamos a administrar a vacina contra a malária, vimos uma redução nos casos”, disse Elsa Swerua, enfermeira-chefe para malária no Akala Health Center, no condado de Siaya. “Mesmo as crianças que contraem malária, não é grave, e o número de mortes por malária também diminuiu.”

Menos malária — a mesma pessoa pode sofrer vários episódios da doença — significa menos idas ao hospital. Dr Simon Kariuki, diretor de pesquisa do Instituto de Pesquisa Médica do Quênia e um dos principais especialistas no tema, disse que a vacina foi um divisor de águas.

“Mostramos que esta vacina é segura e pode ser administrada em crianças africanas que sofrem o maior fardo da malária”, disse ele. O teste piloto mostrou que a vacina pode “reduzir os incidentes de malária em crianças pequenas nessas áreas em quase 40%”, disse ele.

Depois do projeto piloto, a aplicação da vacina foi aprovada para uso em crianças na África Subsaariana e outras regiões de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro do ano passado. A OMS recomendou que a vacina seja administrada em um regime de quatro doses para crianças a partir de cinco meses de idade em áreas com transmissão moderada a alta.




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