Senador Contarato (PT-ES) pede que TCU investigue cartão corporativo de Bolsonaro
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria dos gastos com cartões da Presidência da República, nesta terça-feira (1º). Em sua conta no Twitter, Contarato afirmou que os gastos de cartão corporativo de Bolsonaro “estão altíssimos, superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros”.
No documento enviado ao TCU, o senador afirma que “nos últimos anos, tem se notado um aumento considerável nos gastos da Presidência da República com cartões corporativos, levantando suspeitas não só sobre gastos eventualmente excessivos e supérfluos, mas também sobre a intenção dos seus usuários, que sabem da (indevida) proteção que lhes garante o sigilo imposto às informações com estes gastos”, segundo a Agência Senado.
Contarato lamenta o caráter sigiloso da maioria dos gastos dos cartões, alegando que esse sigilo é contrário ao princípio da transparência com o dinheiro público. Assim, ele também pede ao TCU, “em caráter cautelar, o levantamento do sigilo de gastos” dos cartões da Presidência da República. De acordo com uma pesquisa do Metrópoles Dados do final do ano passado, mais de 98% dos gastos dos cartões da Presidência são classificados como sigilosos.
Em 2020, o senador Contarato já havia pedido ao TCU uma investigação sobre os gastos de Bolsonaro com o cartão corporativo. O processo ainda aguarda julgamento no tribunal. O senador argumenta que é preciso apurar se houve irregularidades nos pagamentos, como forma de valorizar a transparência e a prestação de contas à sociedade.
“Apenas em 2021, as despesas somaram quase R$ 12 milhões. Cabe ao TCU, por força constitucional, a apreciação das contas do presidente Bolsonaro e do bom uso de recursos públicos”, alega o senador.