Justiça

Médium de celebridades e políticos: João de Deus é condenado a mais 4 anos de prisão


O médium João de Deus, conhecido por ter seu trabalho espiritual procurado por celebridades como Xuxa, Ministro Luís Roberto Barroso e políticos como Lula e Dilma Roussef, foi condenado a mais 4 anos de prisão por violência sexual mediante fraude.

É a 5ª condenação desde 2018, quando foram abertas investigações sobre crimes sexuais cometidos por ele, que trabalhou durante anos como curandeiro. Ao todo, já foram aceitas 15 denúncias pela Justiça.

Esta última condenação se refere a uma denúncia apresentada em março de 2021. Os promotores Luciano Miranda Meireles e Ariane Patrícia Gonçalves apresentaram fatos e provas envolvendo crimes contra 5 vítimas, ocorridos entre 1998 e 2018. Os casos mais antigos foram considerados prescritos.

O processo está sob segredo de justiça. João de Deus passou a ser alvo de investigações do Ministério Público de Goiás em dezembro de 2018. Vítimas de abusos cometidos pelo homem acusaram os crimes em relatos divulgados pelo programa Conversa com Bial.

Todas contaram que sofreram os abusos enquanto buscavam tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO), local onde João de Deus realizava seus rituais.

Desde então, 15 denúncias foram apresentadas por crimes sexuais. Ao todo, João de Deus já foi condenado em 5 delas:

19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada; violação sexual mediante fraude; e 2 estupros de vulneráveis;

40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis;

2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra 1 vítima;

44 anos de reclusão por estupro contra 2 vítimas e estupro de vulnerável em relação a outras 2 vítimas;

4 anos de reclusão por violação sexual mediante fraude.

João de Deus também foi condenado em uma denúncia paralela por posse irregular de arma de fogo. Durante buscas em sua residência em Abadiânia, a Polícia Civil localizou 5 armas, incluindo um revólver com a numeração raspada. Neste caso, ele foi condenado a 3 anos de prisão.




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