Estudo diz que vacina contra Covid pode alterar ciclo menstrual
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, financiado pelos NIH (Institutos Nacionais da Saúde) dos Estados Unidos, concluiu que a vacinação contra a Covid-19 realizada com as vacinas da Pfizer, Moderna e Janssen podem aumentar a duração do ciclo menstrual.
Dados de cerca de 4 mil mulheres com idades entre 18 e 45 anos foram coletados, com a autorização das participantes, por meio de um aplicativo de controle menstrual. Todas as voluntárias tinham ciclos normais, com duração de 24 a 38 dias. O levantamento foi publicado na revista científica Obstetrics & Gynecology no começo de janeiro e já passou pela revisão de outros cientistas.
A pesquisa comparou três ciclos menstruais antes e depois da primeira dose da vacina. No caso das mulheres não vacinadas, os dados foram observados durante seis ciclos consecutivos. O levantamento concluiu que as voluntárias tiveram um aumento médio na duração do ciclo de quase um dia para cada dose de vacina recebida.
No caso das que receberam as duas doses de uma vacina durante o mesmo ciclo menstrual, o aumento observado foi de dois dias em média. Além disso, os pesquisadores destacaram que a duração do ciclo diminuiu nos períodos subsequentes, o que indica que a alteração causada pela vacina provavelmente é temporária. A duração dos dias de sangramento das mulheres não foi alterada.
“É reconfortante que o estudo tenha encontrado apenas uma pequena mudança menstrual temporária nas mulheres. Esses resultados fornecem, pela primeira vez, uma oportunidade de aconselhar as mulheres sobre o que esperar da vacinação contra a Covid-19 para que elas possam se planejar adequadamente”, destacou a cientista Diana Bianchi, diretora do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano do NIH. As informações são do R7.