Boninho é acusado de assédio moral por operadores de câmeras do BBB
Mesmo após o término do Big Brother Brasil, o reality show será o centro das atenções, mas desta vez não serão as brigas dentro da casa que chamarão a atenção de todos. Uma ação trabalhista coletiva, por assédio moral e péssimas condições de trabalho, contra a TV Globo está sendo movida pelo Grupo LET, responsável por contratar profissionais temporários para trabalhar no programa.
Segundo o portal UOL, cinco operadores de câmeras e assistentes de operações do BBB estão pedindo indenizações por irregularidades trabalhistas, péssimas condições de trabalho e de higiene, além de assédio moral (tratamentos humilhantes e grosseiros) por parte de José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, diretor de gênero de variedades da TV Globo.
A Justiça do Rio de Janeiro marcou uma audiência para o dia 21 de junho, dois meses após o término da atual edição do BBB. Uma outra audiência já aconteceu em 23 de setembro de 2021, quando a defesa dos prestadores de serviço alegaram que as testemunhas não conseguiram acessar a plataforma para participar da audiência virtual por impossibilidade técnica e prática, por esse motivo essa nova audiência de junho de 2022 foi marcada.
Os prestadores de serviço pedem um valor de R$ 45 mil de indenização por autor e R$ 270 mil para toda a ação coletiva. Para provar as acusações, os profissionais filmaram o local durante a edição do “BBB 20”, sete vídeos foram anexados ao processo e mostram máscaras de proteção contra a covid-19 jogadas no chão, muita sujeira, fios embolados e canos abertos por onde saem ratos, cobras e aranhas.
Além de tudo isso, ainda pedem no processo a equiparação salarial e horas extras não-remuneradas de acordo com a carga horária de cada prestador de serviço, contratado para trabalhar por nove horas, com o direito a uma hora de intervalo.
O departamento de Comunicação da TV Globo não se manifestou sobre o caso.