Procurador quer que TCU, Banco Central e COAF mostrem a movimentação financeira de Sergio Moro
O procurador Lucas Furtado pediu ao ministro do TCU, Bruno Dantas, que solicite ao Banco Central e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) documentos que esclareçam a prestação de serviços do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, à empresa Alvares & Marsal.
Furtado alega que há a “necessidade de se conhecer toda documentação relativa ao rompimento do vínculo de prestação de serviços entre o ex-juiz Sérgio Moro e a empresa Alvares & Marsal, visto o possível conflito de interesses da atuação do ex magistrado quando consultor na administradora da recuperação judicial do grupo de empresas condenadas pela Lava Jato”.
Dantas determinou, ao final de 2021, que a Alvarez & Marsal revelasse o valor pago ao ex-juiz quando este deixou de prestar serviços à empresa. A resposta da Alvarez & Marsal à essa determinação foi de que a remuneração de Sergio Moro está protegida por uma cláusula de confidencialidade e que cabe ao ex-juiz pode decidir sobre sua divulgação.
A Alvarez & Marsal também alegou que não é da jurisdição de Dantas esse tipo de informação. A resposta do procurador foi de que “há claro conflito de interesses na relação contratual em investigação. Não se pode utilizar do manto da confidencialidade para obstaculizar o conhecimento pleno pela sociedade brasileira de fato com tamanha relevância”.