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Passageiros da classe econômica invadem executiva em voo dos EUA


Um voo da United Airlines com destino a Tel Aviv retornou ao destino no meio da rota na noite da última quinta-feira (20) devido ao comportamento indisciplinado dos passageiros.

É o segundo voo dos EUA em dois dias que retorna ao ponto de partida devido ao mau comportamento de viajantes. Uma viagem que deveria ser de nove horas e 30 minutos durou, na verdade, menos de três horas. O motivo, como tem se tornado comum desde o início da pandemia, foi a presença de passageiros indisciplinados a bordo.

O Boeing 787-1000 da United partiu com menos de 20 minutos de atraso, às 23h24, do aeroporto de Newark, em Nova York, para Tel Aviv, em Israel. O moderno avião, de matrícula N17002, que cumpriria o voo UAL90, teve que retornar por causa de uma confusão.

“Devido a passageiros perturbadores a bordo”, comentou a United Airlines em comunicado.

O voo com 123 passageiros e 11 tripulantes acabou sendo cancelado e seus passageiros foram remanejados.

“Nossa equipe em Nova York/Newark forneceu aos nossos clientes vales-refeição e acomodação em hotel e fez arranjos para que os clientes completem suas viagens”, afirmou a United Airlines.

O mapa de voo do FlightRadar24 mostra que a aeronave retornou perto da fronteira dos Estados Unidos com o Canadá, entre Maine e New Brunswick.

A origem da confusão teve início depois que dois passageiros israelenses que estavam na classe econômica se deram um upgrade e passaram a ocupar assentos na classe executiva. Quando os comissários exigiram que eles mostrassem seus bilhetes para provar que tinham direito a estar na classe executiva, iniciou-se um bate-boca.

Testemunhas informaram que a confusão durou cerca de uma hora e meia, segundo o Jerusalem Post.

Esse não foi o único incidente nesta semana nos Estados Unidos. Na quarta-feira (19), o voo AA38, cumprido pelo Boeing 777 da American Airlines, que decolou de Miami às 19h59 com destino a Londres, retornou ao aeroporto de origem porque um passageiro se recusou a cumprir a exigência federal de usar máscara contra a Covid-19.

Já houve 151 relatos oficiais de passageiros indisciplinados até 18 de janeiro deste ano nos Estados Unidos, de acordo com a Administração Federal de Aviação (FAA). Desses, 92 foram incidentes relacionados ao não cumprimento da norma do uso de máscara. O site de rastreamento da agência mostra que 32 investigações e quatro casos de ação de execução foram iniciados até agora neste ano.

Os passageiros indisciplinados podem pagar multa e até mesmo ser condenados à prisão.

Mais cedo, o Blog divulgou uma ação da Delta Airlines na Corte do Brooklin contra um passageiro que tumultuou um voo da companhia entre Dublin e Nova York no início do mês.

A FAA tem autoridade civil para propor multas de até US$ 37 mil por violação para casos de passageiros indisciplinados. A agência não tem autoridade para processos criminais.
A agência encaminhou pelo menos 37 casos para os quais havia iniciado uma ação de execução ao FBI para revisão de processos criminais no ano passado, segundo informa a CNN.




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