Política

Rodrigo Maia pede desculpas a Paulo Guedes: ‘Fui indelicado e grosseiro’


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu ter sido “grosseiro” com o ministro da Economia, Paulo Guedes, nas últimas semanas. Maia se disse grato ao apoio recebido durante as eleições de 2018 e pediu desculpas a Guedes, reforçando a necessidade de se acelerar as reformas e regulamentar o teto de gastos.

“Na minha última eleição, a única pessoa do governo [Jair] Bolsonaro que me apoiou explicitamente, mesmo sem dizer, foi o ministro Paulo Guedes. Infelizmente, nos meses seguintes à Previdência, por divergências, por erros… Nós fomos nos afastando. Deixo aqui meu pedido de desculpas, fui indelicado e grosseiro. Não é do meu feitio”, disse o deputado e disse o deputado em entrevista a jornalistas.

Maia ainda chamou de “dramática” a situação fiscal do país e exaltou a importância da união entre Executivo e Legislativo para se discutir um novo programa de transferência de renda, que vai substituir o Bolsa Família. “Nós não fomos eleitos apenas para ficar esperando o tempo passar, nós fomos eleitos para assumir responsabilidades”, afirmou o presidente da Câmara. “A agenda de reformas não pode parar, independentemente das eleições municipais. O teto de gastos é a primeira de nossas urgências, porque com a regulamentação do teto de gastos, a gente resolve o [novo] programa social.”

O deputado também citou a necessidade de modernização do Estado e da construção de um programa social que respeite o teto de gastos para “poder dar suporte a milhões de famílias que vão precisar do Estado brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2021”, quando o governo deixa de pagar o auxílio emergencial de R$ 600.

“Página virada”

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), comemorou a reaproximação entre Executivo e Legislativo — e, mais especificamente, de Guedes e Maia. O senador garantiu que a relação agora é de “harmonia” e falou em assumir responsabilidades frente à população brasileira.

“Esse gesto de reaproximação de uma agenda — que é conciliatória — foi fundamental para que a gente possa, a partir de amanhã, virar uma página. Essa reunião de hoje marca um novo iniciar dessa relação, com franqueza, com honestidade e com divergências, que são naturais da vida pública”, minimizou. Informa o UOL.




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